Ao explorar a Guiana Inglesa, há mais de 150 anos, um inglês de nome Robert Schomburgk viu um magnífico lago, cuja superfície estava inteiramente coberta por grandes folhas redondas e carnosas. Esta era a primeira vez que um europeu via uma das Ninféias mais extraordinárias que se conhece: a Vitória-régia, cujas folhas podem atingir até dois metros de diâmetro.
Robert Schomburgk levou as sementes para a Inglaterra, onde um famoso jardineiro de nome Baxter, conseguiu fazê-las germinar numa caríssima estufa, com a mesma temperatura da Guiana. Quando a planta se tornou adulta, produzindo 140 folhas de um metro de diâmetro e 112 flores, Baxter tomou uma folha e levou-a à Rainha Vitória (1838-1901). Com este gesto, o jardineiro foi nomeado baronete e a planta recebeu o nome da Rainha.
A Vitória-régia é uma planta amazônica, pertencente à família das Ninfeáceas, e que foi climatizada em Indaial. Durante um período de dez anos, o padre e naturalista Raulino Reitz e o botânico Valdemiro Nasato tentaram transferir esta planta aquática para o sul do Brasil. A semente da planta foi trazida da Amazônia pelo padre Raulino, mas não conseguiu suportar os rigores dos invernos sulinos.
Sua adaptação só foi possível quando o padre assumiu o Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Assim, a planta foi aclimatada em duas etapas: primeiro no Rio e depois em Indaial. Valdemiro Nasato e o padre já se conheciam, e ambos tentaram muitas vezes trazer a planta para Indaial, mas as sementes teimavam em não germinar.
Numa de suas viagens ao Rio de Janeiro, Nasato visitou mais uma vez o amigo no Jardim Botânico, resolvendo então trazer mudas da flor para Indaial. Foi um trabalho muito importante, pois com o nosso clima, as sementes dificilmente germinariam. Finalmente, com muito esforço e perseverança, como há 150 anos fazia o jardineiro Baxter, da Inglaterra, Nasato conseguiu aclimatá-la! Não foi mais necessário semeá-la a cada ano, pois tornou-se perene. A planta permanece viva no inverno, as folhas nascem na primavera e floresce no verão.
Segundo especialistas, devido ao clima da micro-região de Indaial a Vitória-régia aqui sofreu uma mutação genética natural, tornando-se mais bonita, colorida e com suas bordas mais altas.
A Vitória-régia é vista e admirada, em todo o seu esplendor, no lago artificial da Praça João Hennings Filho (Prefeitura Municipal), e também em belíssima lagoa pertencente ao Parque Municipal João Schulemburg (anexo à Fundação Indaialense de Cultura - FIC).
Resta-nos respeitar, conhecer e amar essa planta especial que hoje é um dos cartões-postais de nossa querida Indaial, para que o trabalho dos abnegados padre Raulino Reitz e Sr. Valdemiro Nasato continuem servindo de incentivo à preservação da natureza.
Outros nomes: irupé (guarani), uapé, aguapé (tupi), aguapé-assú, jaçanã, nampé, forno-de-jaçanã, rainha-dos-lagos, milho-d'água e cará-d'água. Os ingleses que deram o nome VitóriaRobert Hermann Schomburgk levou suas sementes para os jardins do palácio inglês. O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos índios como tintura negra para os cabelos. Também utilizada como folha sagrada nos rituais da cultura afro brasileira e denominado como Oxibata em homenagem à rainha, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica
bibliografia:www.wikipedia.org
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