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A Lenda da Vitória Régia

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu.
Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse.
E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista.
A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.

Há uma segunda versão amazônica desse mito.

Esta é uma das lendas inspiradas por Perudá e nasceu do amor entre a índia Moroti e o guerreiro Pitá. A história narra, como toda história de amor que se preze, ao menos na alegoria, mais um caso infeliz que termina mal.
Diz esta lenda que um índio chamado Pitá afogou-se nas águas caudalosas de um braço de rio, em busca da pulseira que a índia Moroti lhe havia atirado. Moroti, querendo mostrar para as amigas o quanto era amada pelo guerreiro, jogou a sua pulseira ao rio desejando que, como prova de amor, Pitá a trouxesse de volta.
O infeliz apaixonado atira-se nas águas turbulentas e não mais retorna. Desesperada e arrependida, Moroti joga-se atrás do amado, tendo igual fim.
No dia seguinte, a tribo presenciou o nascimento de uma grande flor, que ao centro era branca como o nome de Moroti, e as pétalas ao redor eram vermelhas como o nome do bravo Pitá.
A Vitória-Régia, a rainha das flores da Amazônia, só abre suas pétalas à luz do sol, recolhendo-se ao cair da noite, para abrir-se novamente no dia seguinte.

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